quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O jogo das cartas faz com que eu me distraia com o vazio
De mim, só uma consciência longe e silenciosa
As horas parecem marcar o início do fim
De mim

De mim que sou vazia até a hora marcada
O relógio não anuncia
O vento sopra no marasmo
Escolhendo direções

As palavras pouco são ditas
Não há o que dizer
Existe, sim, uma incógnita
Pairando, nebulosa

Mas não se materializa
Não incomoda
Não comove

Sou uma bolha

2 comentários:

Rafael Simeão disse...

enquanto isso seu vazio é doce, vagante, e por ele sopra brisa quente... tudo muito bom, e sem o anseio de palavras trôpegas e atabalhoadas...

eu voltarei pra ler mais...

D Furtado disse...

hm, voltou a inspiração?
muito bom, fiquei sem visitar um tempo e me deparei com três novos, gostei bastante.