quarta-feira, 26 de junho de 2013

como um sonâmbulo que simplesmente vai

segunda-feira, 25 de março de 2013

Se eu pudesse derramar meu coração
Espalhar o amor.
Eu o faria.

é essa luz dourada
que brilha nos olhos ao te ver
e ao não te ver
ela continua a brilhar
em outra parte
que não vê,
mas sente
sente o brilho quente dentro

quem disse que não é, não viu,
não sentiu
esse calor-luz que irradia
só de lembrar
(a memória é realidade! quem disse que não?)

quinta-feira, 14 de março de 2013


ver aquela imagem de distanciamento contínuo que o trem provoca
aguardar até que não se veja mais a estação
tentar respirar e seguir em frente
comer algo doce e pensar que aquela é a unica felicidade que sobrou
o coração aperta e vira-se uma criança em prantos
não há como controlar
o desespero da falta
da vontade da presença imediata, impossibilitada
respirar e sentir os seus pulmões carregados de choro
estar cansada e não ter mais forças pra lutar contra os soluços
os estranhos ao seu redor tornam-se cúmplices e complacentes da dor
a distância vai aumentando
uma cidade
as horas vão passando e você tem que seguir em frente
sentir-se só, ir, só
a distância vai aumentando
um país
uma carta que te comove quando você já não pode mais voltar
e agradecer e recompensar com beijos
a distância vai aumentando
um continente
e o querer dar as mãos mesmo longe,
sentir cheiros e gostos através da lembrança,
fechar os olhos e ver um sorriso, uma lágrima, um abraço, um adeus
não se pode abraçar uma memória
mas a memória inflama algo no coração
a chama está acesa
e é preciso seguir em frente
e SORRIR
e a distância diminui
com o AMOR, presente.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Um lugar qualquer que não seja o de antes


Meu mundo parou.
Eu não ouço, não falo, não sinto...
Quero um remédio pra curar essa paralisia
Quero um arrebatamento de felicidade, porque de outra forma só pode doer.
Tira-me do casulo, acho que já passou da minha hora e preciso sair.
Não sei como.
Se eu vislumbrasse pelo menos uma trilha que me tirasse daqui...
Que me mostrasse um caminho qualquer pra seguir.
Eu iria.
Mas tenho que perder o medo do desconhecido.
Tenho que ter coragem.
Tenho que fazer diferente.
Quem sabe planejar um mapa daqui pra lá, não sei...
Uma viagem qualquer a um lugar qualquer só pra ir e voltar?!
Quem sabe.
Preciso sair.
Caminhar só...  gostava, não gosto mais... mas tenho que reaprender... a ser só... a seguir só...
Quero me surpreender com a minha capacidade de readaptação.
Sempre me sai bem... com readaptações...
Será que a gente pode voltar a ser o que era?!
Eu queria voltar a ser o que era bom.
Com o bom do que sou hoje e o bom do que era antes.
Mas esqueci o caminho de volta.
Tenho lembranças, serve?!
Tenho algumas teorias, algumas imagens, alguns não sei-o-que...
Juntando tudo dá certo?!
Criar uma coisa assim, meio sem sentido, sem existência anterior dentro da gente...
Dá?!
Copiar o passado não dá. 

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Só um desabafo

Eu queria falar um monte de coisas, sem filtros. Eu queria ter a oportunidade de ser inteira ao teu lado por mais tempo que o determinado pelas circunstâncias. Eu queria ter a oportunidade de amar novamente e ser correspondida, de sentir que tenho a tua atenção mesmo você estando longe. Isso pode parecer um discurso desesperado, mas é que não tenho nem o mínimo do que gostaria e sofro em silêncio, com a esperança nas boas lembranças de um dia ter um pouco de você. Convenhamos, é pouco. Porque eu te desejo muito, muito mais do que gostaria e sei que não é bom pra mim, talvez nem pra você, me entregar tanto a sentimentos como esse... Enfim, eu só queria dizer que sonho acordada contigo a todo momento e isso me assusta, justamente porque você não está ao meu alcance.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

instante

gélido e pálido, meu corpo ainda sente o sangrar pungente
pelas veias escorrem o mais sagrado fluido
minha alma mancha em púrpura dor

o calar em meu último suspiro
derrete a aura de melancolia
sobre o corpo já em agonia

sublimado meu olhar ultimo sobre a terra
o cessar do meu ser na vida
não me resta mais a espera

enfim, a escuridão do fim acalenta

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sísifo é o herói absurdo

"Os deuses tinham condenado Sísifo a rolar um rochedo incessantemente até o cimo de uma montanha, de onde a pedra caía de novo por seu próprio peso. Eles tinham pensado, com as suas razões, que não existe punição mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança. (...)"

sábado, 4 de abril de 2009

o tédio me consome...
sinto falta de ar,
falta de vida!!!
......................................

precisamos de um sentido pra vida,
para que continuemos a procurar...
e procurar...
.......................................
saco!!!!
eu não sei o jogo da vida!
........................................
quero morrer!

quarta-feira, 4 de março de 2009

- Mais um ciclo se fecha nessa nossa quase inválida vida.
- (Se não fosse a nossa rotina de cada dia)
- Queria poder não contar a passagem do tempo...
- Acho que relógios existem para nos aprisionar.
- Seria bem melhor se EU dominasse os ponteiros do relógio do tempo.
- Talvez eu só dormisse...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tão oca que ouve-se ecos. ( )

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O jogo das cartas faz com que eu me distraia com o vazio
De mim, só uma consciência longe e silenciosa
As horas parecem marcar o início do fim
De mim

De mim que sou vazia até a hora marcada
O relógio não anuncia
O vento sopra no marasmo
Escolhendo direções

As palavras pouco são ditas
Não há o que dizer
Existe, sim, uma incógnita
Pairando, nebulosa

Mas não se materializa
Não incomoda
Não comove

Sou uma bolha

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu olho e cadê?


Nada se vê além de um imenso mar.
O navio não toma um rumo lógico,
Reto e coeso
Fragmentos, caos, tensão

Descobri um mistério.
E não vou me desculpar por isso.
O que é escondido me espanta.

Pois

A alucinação parece um sonho
Roxo e denso

Eu não ponho os pés no chão

Pois

O mar secou e agora flutuo
Consigo ver os olhos do ser sem forma do outro lado
Muro alto, alto, alto
Caio
Vejo sangue em minhas mãos
O mar reaparece VERMELHO e denso

Minha cabeça dói
Pois
A viagem foi cansativa

terça-feira, 21 de outubro de 2008

No Interior de meu pensamento
Esquivo-me de sombras
Que sussurram palavras felizes
Mas nenhuma delas é minha
Vejo clarões e fragmentos de pensamentos
Nenhum deles é meu
Eu não quero
Calaram se as vozes felizes das sombras de meu pensamento
Restou eu e meus fantasmas
Que sussurram rancores
Não os meus

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Vivre sa vie (Jean-Luc Godard, 1962)

"Place du châtelet - l´inconnu - Nana fait de la philosophie sans le savoir."


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Preciso renascer - entenda como...recriar-me.
A ponto do eu-agora sumir e dar lugar a um novo.
As coisas estagnaram há muito tempo, esse tempo que passou calcificou o eu que em mim hoje reina duro, quase imutável...(não permita).
Não, não foi assim...flutuando em nada que tudo aconteceu.
Peguei uma trilha nova, um caminho desconhecido...
me arrisquei toda, tão inteira e sabida do desconhecido...
que me perdi em pedaços no meio do caminho.
Agora não posso retornar no caminho/tempo e catar partes de mim esquecidas pelo chão.
De que maneira me encontrarei novamente para seguir o caminho no qual eu queria percorrer no começo?
Por que decidi fugir da liberdade, que viria de encontro a mim naturalmente, para procurar
em frenesi desconcertante e desconstrutor um eu sem antecedentes?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Avistei um horizonte onde o limite era vertigem.
Ao voltar para si, me dei conta:
Vi-me num abismo, solitária.
Encontrei a loucura que me manchou a alma.
E nesse instante flutuei e desmanchei em nuvem,
No abismo secreto onde eu me encontrei.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

IL FAUT AVOIR LA TÊTE DANS LA LUNE
IL FAUT AVOIR LA TÊTE
IL FAUT AVOIR
IL FAUT
IL FAUT AVOIR
IL FAUT AVOIR LA TÊTE
IL FAUT AVOIR LA TÊTE DANS LA LUNE

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

COISAS ESCONDIDAS

Ela quase não pensa na vida que está levando.
O vento sopra e ela vai, voando ao seu sabor.
Quanta tolice - pensa ela.

Mal sabe que aqui as coisas acontecem dessa maneira: por invenção.
Cada árvore, cada mesa e palavra... tudo é invenção para justificar a existência.
Essa sobre a qual pensamos não ter controle.
Besteira.
Ela pensa que não desejamos estar vivos e respirar.
A vida em si, a energia que nos move, já é desejo.

E ela anda porque pensa que anda, e fala para concretizar o pensamento, e chora porque ainda é criança que não sabe brincar de criar realidades.
Briga, sofre, adoece porque está cansada da brincadeira.

Fantasia? Sonho?
A coisa?
A coisa só muda de nome porque temos muitas palavras. E estas ainda são poucas.
A vida.
Tá aí uma palavra bonita que o homem criou.

Quando sonha acha que tudo não passou de um sonho.
Mas quem disse que sonho não é sonho?
Sonho é sonho porque vida é sonho.
E sonho é vida.
Isto, qualquer isto ou aquilo é real porque nós vemos... E sentimos.
Mas o que vemos é pura fantasia.
É tudo criação.
E nós também.
Somos meras criaturas criadas e criativas criadoras.
Pense bem na cobra que engole o próprio rabo...

- Vamos seus dementes, tirem seus traseiros daí.
- Vão, vão.

Deem me a última palavra, por gentileza.
Pois a senhorita ainda não entendeu os meus dizeres.

- Cale a boca e engula seu remédio, Marat.

terça-feira, 22 de julho de 2008

"A casa terá uma fachada de bronze, se meus meios me permitirem; o subterrâneo será todo em preto. No centro haverá uma mulher pisando sobre a tirania. A tirania será representada pela figura de um homem. Essa mulher gritará para mim, estendendo-me a mão: ajude-me ou sucumbirei. Então pegarei um punhal que estará ao lado e apunhalarei o homem."

Théroigne De Méricourt

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mes Doutes

Minha vida talvez seja um sonho.
Um sonho com cores indescritíveis.
Cores que juntas se tranformam em coisas,
Coisas que endurecem e viram realidade.